Contacto: jorgecarvalho@mail.telepac.pt

MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Dinâmica de Um Projecto de Informação.
(Em Espaço Aberto)



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas:




1. Numa tarde de sábado, da Primavera de 1967, teve lugar no Estádio Nacional, mais uma edição dos campeonatos distritais de atletismo. Em termos de competição foi semelhante a todas os outros. Já no tocante a divulgação e envolvimento de quem assistiu, foi profundamente diferente. Constituindo um modelo inovador e que infelizmente não mais voltou a ser repetido. A Mocidade tinha todas as condições para conseguir essa repetição, mas faltou dinamismo e, mais que isso, faltou «alma», tal como já vinha acontecendo desde há muitos anos.



2.  Apesar deste evento ainda não se ter integrar no modelo organizativo, que tem vindo a ser defendido para todo o tipo de actividades da Mocidade. Ao longo das quatro épocas trimestrais: «Outono-Inverno» e «Primavera-Verão». E isso poderia ter beneficiado as provas em termos do fomento desportivo. Um importante factor, infelizmente, muito pouco valorizado pela Mocidade, que o confundia com uma precaução de evitar um certo vedetismo. Noutro espaço falaremos detalhadamente disso.



3. Neste caso, o evento, e na parte que se referente à «informação noticiosa» começou a ser tratado com uns dois meses de antecedência, e envolveu diversas entidades, tais como: a administração do Estádio Nacional; o Exército (Estado Maior e Regimento de Transmissões); Emissora Nacional; CP – Caminhos de Ferro Portugueses; Emissão de convites e cartões de livre-trânsito; organização do «Castelo» de transmissões (Corpo Distrital de Graduados) e; correspondência diversa com os estabelecimentos de ensino e outras entidades.



4. O elemento chave para funcionalizar o «sistema de informação simultânea» foi assegurado pelo Exército, que montou as comunicações, constituídas por uma central telefónica, e linhas telefónicas desde cada ponto de partida e chegada das corridas e controlos dos concursos (salto em comprimento, triplo-salto, salto-em-altura, salto à vara, lançamento do disco, do dardo, do martelo e do peso), e um local próximo da cabina de som do Estádio aonde estavam instaladas o locutor oficial e as mesas com os “pares” de cada telefone na área de provas.



5. Uma das primeiras tarefas foi acordar com a administração do Estádio Nacional o modelo dos convites a emitir, uma vez que não estava em causa o modelo “oficial” que correspondia à lotação completa do Estádio. O nosso objectivo era apenas ter uma afluência significativa no «sector central» e isso foi conseguido, ao contrário dos outros anos em que o Estádio esteve completamente “deserto”. A emissão situou-se entre dois e três mil convites. Para cada estabelecimento de ensino foram enviados cerca de 50 convites, a distribuir por alunos interessados em acompanhar os seus colegas concorrentes, familiares e amigos. Não chegaram a ser emitidos cartazes, embora se ficasse com esse desejo para o ano ou anos seguintes, acompanhados de pequenos cadernos com a lista dos concorrentes, para que a assistência, especialmente os familiares, pudessem anotar os resultados obtidos.



6. O funcionamento do «sistema de informação simultânea» era simples mas eficaz. A partir dos telefones locais, guarnecidos por graduados do «castelo» de transmissões, chegavam ao “par”, por exemplo, a informação da primeira chamada para uma determinada corrida, que era de imediato difundida pela instalação sonora do estádio. Normalmente havia duas chamadas para cada prova. Algum tempo depois a partir da mesa do “par”, aonde tinha chegado a notícia, o locutor difundia a informação sobre o concorrente em cada pista (nome estabelecimento de ensino), seguindo-se a informação sobre a partida em perspectiva.



7. Este procedimento repetiu-se sempre que havia fases eliminatórias para apuramento dos concorrentes à «final». Após o que, daí a alguns minutos, eram comunicados os tempos ou outras marcas obtidas pelos diversos atletas. Tendo-se o especial cuidado de ir espaçando a informação de forma manter a assistência ao corrente, mas sem perturbar as provas. Era a primeira vez que o «sistema de informação simultâneo» funcionava. Não tinha havido ensaios, mas tudo correu bem.



8. Entretanto, na Emissora Nacional, conseguimos a gravação de uma «fanfarra» para anteceder o anúncio da «cerimónia protocolar da entrega dos prémios». Normalmente essas indicações vinham do director das provas. Anunciava-se a cerimónia e procedia-se à chamada dos concorrentes ao «pódio», pela ordem de classificação. Ainda para a mesma cerimónia, haviam-nos facultado uns três minutos ou pouco mais de gravação da «Pompa e Circunstância» de “Helgar”, escrita para o jubileu da Rainha Vitória, e à época ainda pouco conhecida em Portugal, que era reproduzida enquanto as entidades avançavam para o «pódio» e entregavam as medalhas. Também resultou bem.



9. O contraste com os anos anteriores, foi o sucesso, pois, o Director de Serviços (Comissariado Nacional da M.P.) e o Colégio de Juízes e Árbitros da Federação Portuguesa de Atletismo, pediram logo a colaboração para se repetir o sistema, quer para os campeonatos nacionais da Mocidade, quer para idênticos eventos promovidos pela Federação. Há ainda a salientar que nos dias de hoje, tudo isto é banal, por via dos complexos sistemas electrónicos, disponíveis nos estádios e companhias de televisão. Mas, há 45 anos atrás não existia nada. Absolutamente nada.



10. A única coisa que não se conseguiu foi o comboio especial para o Estádio, precedente de Sintra, por razões de ordem técnica, segundo nos foi explicado pela CP. Realmente era muito complicado proceder ao atravessamento da Avenida 24 de Julho/Avenida da Índia (Alcântara), ao princípio da tarde, no sentido da Cruz Quebrada e, depois, novamente, ao fim da tarde, no sentido de Sintra. Isso iria provocar uma tremenda confusão no trânsito. O uso que a CP fazia daquela linha era apenas durante a madrugada para comboios de mercadorias que se dirigiam ao porto. Pela nossa parte, acabámos por ficar satisfeitos com o insucesso, pois, conseguir a lotação do comboio, exigia uma preparação que não havia sido feita: cartazes nos estabelecimentos de ensino, venda adiantada dos bilhetes, etc.



11. Algumas falhas protocolares também ocorreram. Por exemplo, a montagem de uma plataforma com cadeiras, para as entidades, não foi feita. O cuidado em convidar a entidades militares que tinham autorizado ou acompanhado a instalação do sistema das comunicações, também caiu no esquecimento. Tal como, convites personalizados para a Emissora Nacional, para a Rádio Universidade e para os directores dos estabelecimentos de ensino e outras entidades diversas, etc.



12. Seja como for, para uma primeira experiência o resultado foi muito positivo, e a melhor forma de o avaliar, foi pela numerosa assistência que nos deixou a todos cheios de contentamento.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Jornal-Revista Semanal (Grande Tiragem).


PÁGINA EM CONSTRUÇÃO

Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas::


1. A Mocidade editou nos anos 40, o «Jornal da Mocidade», que não era uma continuação do «Jornal da Mocidade» dos anos 30. E depois, nos anos 50, o jornal «Guião». O jornal dos anos 30 deixava claro, tratar-se de uma edição de profissionais. Já o «Jornal da Mocidade» dos anos 40, era, claramente, um trabalho dos rapazes. Talvez os mesmos que fizeram depois o «Guião», mas já na condição de adultos. Entre uma edição e outra é flagrante a diferença estrutural, para melhor, do segunda. Aspectos mais detalhados sobre pessoas e assuntos serão abordados noutras colocações.

2. Entretanto, chegámos aos anos 60, sem “navio” à vista. Ou seja, sem a perspectiva de um novo jornal, nem a continuação do anterior. Tratava-se de uma lacuna de consequências graves, para uma Organização que se assumia como responsável pela formação integral de uma massa de filiados superior a «um milhão». É certo que assegurava de forma elogiosa a edição do «Camarada», uma revista ilustrada de marca patriótica, para «Lusitos» e «Infantes», embora sem uma componente noticiosa, o que constituía uma lacuna de assinalar.

3. A necessidade de uma publicação mais virada para os «Vanguardistas» e «Cadetes» era muito sentida, mas, sem ignorar o complemento cultural e noticiosa dos «Infantes», era assunto que preocupava, um sector importante do Corpo Nacional de Graduados (CNG). Assunto, que levou a uma tomada de posição por volta de 1962, da qual resultou o auto-afastamento de um numeroso grupo de camaradas, que viria a acentuar ainda mais o declínio da Organização.

4. A partir do final de 1966, com a transferência da Delegação Distrital de Lisboa, do Palácio da Independência, no Rossio, para a «Casa da Mocidade», na Lapa, o assunto voltou a ser abordado no âmbito dos comandos da Divisão e da Ala de Lisboa, com algum interesse dispensado pelo novo Delegado Distrital, Arq.º Melo Raposo, mais tarde, Comissário Nacional Adjunto, e Comissário Nacional Adjunto, em exercício.

5. Depois de um cuidadoso estudo, verificou-se que o modelo que recolhia maior interesse era o que contemplava um formato ligeiramente superior ao de uma revista, mas inferior ao de um jornal, ficando-se assim pelo meio-termo, embora cosido a dois pontos de arame. E uma qualidade de papel próxima da de um jornal, para não onerar o custo final de publicação. Embora não existissem, elementos de referência, para uma edição com estas características, calculou-se de forma aproximada as percentagens a cobrir por textos, fotografias e títulos. A periodicidade deveria situar-se entre o semanal e o quinzenal. Embora sem grande rigor definia-se assim a “identidade” do «Projecto».

6. O estudo preliminar tornou-se mais complexo e moroso, porque a par do «jornal-revista», considerou-se a importância de incluir aspectos relativos à recolha de notícias (agência) para o jornal-revista e para suprir as necessidades dos organismos de âmbito regional e nacional, relativos á «difusão sonora». Havendo ainda a acrescentar a inexperiência de quem de envolveu. Foi um trabalho gratificantes, mas muito doloroso pelos sacrifícios que exigiu, embora, nesta fase, o objectivo fosse apenas a elaboração de um estudo preliminar, mas tão detalhado quanto possível.

7. Uma das questões mais polémicas, era a contradição entre uma Mocidade, DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. E a orientação da reforma de 12 de Novembro de 1966, que apontava para o fim da «Organização Nacional», e a sua substituição, assim por uma espécie de «direcção-geral de actividades circum-escolares», cheia de gente adulta, devidamente remunerada, e sem terem de “tropeçar” nos rapazes, que se haviam tornado um incómodo, para esta geração completamente esquecida da sua adolescência. Seria no entanto injusto, negar alguns trabalhos de inquestionável mérito, produzidos pela reforma de 1966, cujos protagonistas foram os ministros Galvão Telles e António José Saraiva e, dentro da Mocidade, os comissários Gomes Bessa e Melo Raposo.

8. Mas, o «fim-de-festa» estava marcado. Com a posse do ministro Veiga Simão, que transferiu quase tudo o que era Mocidade para um novo organismo estatal denominado de «Secretariado da Juventude». Simbolicamente concedeu à antiga Organização de juventude, a mercê de permanecer no «Palácio da Independência». E que tratasse de voltar às origens, porventura com um modelo cosmeticamente mais actualizado. Mas, infelizmente, a “emenda” foi pior que o “soneto”. Também voltaremos a isso mas noutro local.




Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Rede Nacional de Emissores Escolares.


PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


1.

2.

2.

3.




4.

5.

6.

Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas.:


7.

8.

9.

10.





Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Rede de Emissores Escolares de Lisboa.


PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


1.

2.

2. 




3.

4.

5.

6.

Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas::


7.

8.

9.

10.





Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Agência Noticiosa de Actividade Juvenis.


PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Índice de Projectos Para Actividades Noticiosas:


1. A Agência Noticiosa de Actividades Juvenis, foi – e apenas isso –, um «projecto» DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. Iniciado durante 1967 e terminado um ano depois, sem qualquer fruto colhido. Ninguém procurava actos perfeitos, mas apenas o resultado de uma obra de rapazes. A sua força estava na vitalidade da juventude, infelizmente desconsiderada pela reforma do ministro Galvão Telles, de 12 de Novembro de 1966 (Decreto-Lei n.º 47.311). Algo que não foi desde logo compreendido, mas o tempo se encarregou de ajudar. É surpreendente como o chefe do Governo, Oliveira Salazar, concordou. Decerto, os seus muitos afazeres, estavam a dificultar-lhe a visão para aquilo que fatalmente acabaria por vir a acontecer. Não fosse outro o caminho.

2. Embora houve na Divisão e Ala de Lisboa, e ainda, no Comissariado Nacional, uma certa abundância e regularidade de notícias, naturalmente que o resto do país, designadamente o Ultramar, devia igualmente interessar. E, para um projecto desta natureza, o noticiário internacional não devia também ser esquecido. A «Agência Noticiosa de Actividades Juvenis» não tinha ainda uma designação definitiva e fácil de memorizar. Mas todos sabíamos o que dela pretendíamos. Tal como tínhamos uma ideia do que ela iria representar em afazeres para umas boas dezenas de jovens jornalistas. Um dos problemas mais complexos, estaria nas comunicações. A época Já havia telexes (muito caros), a geração dos faxes (bastante mais baratos) ainda não havia chegado.

3. Para o Ultramar: chegámos a contactar a TAP – Transportes Aéreos Portugueses, que nos acolheu com a amabilidade esperada, mas, entretanto, foi esclarecendo que tratando-se de uma empresa comercial, uma qualquer contrapartida deveria ser considerada. Sugeriu-se a inclusão nas folhas com o noticiário de uma barra de rodapé com informações relativas à TAP e aos seus serviços. A ideia mereceu uma opinião em princípio favorável. O Resto trataríamos a seguir e aos poucos. Mas, estava dado um primeiro e importante passo.


Modelo de logotipo proposto à posteriori pelo blogue «Tronco-em-Flor».
A «Esfera Armilar» significava a globalidade da acção da «Agência». O «Escudo Português», as comunidades portuguesas espalhas pelo Mundo. E a cor verde, a das camisas dos rapazes da Mocidade.


4. O grande problema continuava a ser a Mocidade DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. Isso não agradava, especialmente a uma geração que pretendia continuar a ser graduados aos quarenta e aos cinquenta anos. Como já foi escrito noutros lugares, o «projecto» valia pelo seu conjunto. Amputando qualquer das partes ficaria gravemente diminuído. E também não se poderia esperar do Ministério um apoio com a dimensão suficiente. Era indispensável recorrer à Sociedade Civil.

5. Este conjunto de Actividades, como muito outras, correspondia à necessidade premente de desenvolver muitas mais. Era preciso que se soubesse tudo ou quase tudo o que andava a ser feito por este país fora. E a ignorância era excessiva, diminuindo a Organização, mas, pior que isso eram os próprios rapazes, os grande prejudicados.

6. A ideia era angariar correspondente (texto e imagem) em todas as partes do território nacional, e no estrangeiro, especialmente, junto dos núcleos de portugueses espalhados pelo mundo, e com actividades juvenis. Claro que havia preocupações de qualidade, mas estas não iriam constituir a parte mais importante, na fase de arranque, embora muitas pessoas possam defender o contrário.

7. A par da troca de noticiário, circulariam ensinamentos que proporcionassem um regular aperfeiçoamento técnico-literário. Funcionando como modelo de ensino à distância. Era completamente irrealista esperar dois ou três anos por uma aprendizagem, que, depois de reconhecida, permitisse lançar um grande projecto. Nessa altura já a oportunidade tinha passado. Os rapazes antes disponíveis já se tinham dedicado a outros afazeres.

8. E se a Mocidade nunca tinha posto em causa a qualidade dos seus jornais de «parede» e de «árvore», e outras publicações regulares (tipográficas), da responsabilidade dos rapazes, porquê agora tantas preocupações? Quase que, tudo isto, nos leva a pensar que alguém estava objectivamente interessada no falhanço de um projecto juvenil. Embora se deva esclarecer, uma vez mais, que os rapazes nunca pretenderam estar sozinhos no que quer que fosse. Sempre aceitaram o papel orientador e conselheiro dos dirigentes, mas NÃO ACTIVO.

9. Para citar um exemplo, que melhor ajude a compreender a questão do «binómio dirigente-graduado», passo a uma ideia padrão: o papel do «director» (se é que o termo de devesse aplicar) de um acampamento, mesmo dos grandes acampamentos nacionais, não era dirigir o acampamento. Era ensinar o «comandante» do acampamento a organizá-lo, para que ele mais tarde esteve apto a repetir a experiência com outra geração de graduados mais jovens. Senão, continuariam a ser sempre os mesmos…

10. Da mesma forma os «adjuntos» do director, teriam por missão ensinar os «adjuntos» do comandante a organizarem cada um dos sectores do acampamento. Infelizmente, aqui, tal como noutros sectores da vida portuguesa, «o segredo» continuava a ser a «alma do negócio». Eu é que sei…!!! aquele é que sabe…!!! e não saíamos disto.

11. Embora o período de funcionamento da actividade, fosse anual, o que acontecia menos vezes. Procuraremos, aqui, tentar aplicar, mais uma vez, o mesmo modelo organizativo que temos vindo a teorizar para diferentes áreas de actividades da Mocidade. Isto é os períodos de «Outono-Inverno» e «Primavera-Verão». Com tarefas diferenciadas para cada um dos períodos trimestrais e semestrais. E o apoio essencialmente assente na sociedade civil e não no Estado.

12. Depois, seria a aplicação dos «comandos», enquanto não ocorresse uma desejável mudança dos comandos para «chefias», termo mais cívico. As «formações de comando» ou «formações de chefia», integradas por Vanguardistas e Cadetes. E, finalmente, os «Cadetes Auxiliares de Instrução» ou dos «Cadetes Monitores Estagiários».

13. A actividade em si, nada tinha a ver com as designações dos «quadros orgânicos». Pelo contrário, era até muito importante que se não descaracterizasse a Organização, em nome de supostas desmilitarizações, aonde elas não existiam. Vindas de mentes que teimavam em querer reinventar, o que não precisava de o ser.



(continuação)


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Actividades Noticiosas.
Rádio e Difusão Sonora.

PÁGINA EM CONSTRUÇÃO

1. Pouco depois de ter assumido o comando do Centro Escolar n.º 18 da Ala de Lisboa, Escola Industrial Machado de Castro, frequentei, no final do Ano de 1962/63, no período do «Verão», o LIII Curso de «comandantes-de-bandeira», na Escola Nacional de Graduados (ENG), na Quinta da Graça, junto ao INEF e ao Estádio Nacional. O curso, embora de um modelo a que voltaremos noutro local, proporcionou aos graduados-alunos que o frequentaram, uma perspectiva bastante ampla, mas não suficiente, sobre a organização e a vida dos «centros de formação geral», tradicionalmente virada para uma instrução de pendor mais teórico, ministrada dentro das instalações escolas, durante o período «Outono-Inverno».

2. O ano lectivo de 1963/64 foi dedicado à «Rádio Juventude». Um projecto que embora tenha nascido no C.E. 16, Escola Técnica Elementar Pedro de Santarém, era, essencialmente, para o escalão de Vanguardistas. A escola Pedro de Santarém dispunha de uma instalação sonora adquirida pela escola/centro, composta por amplificador de som, microfone com coluna e um altifalante de corneta, aos quais havia a acrescentar um gira-discos e um gravador de fita. Para começar, não era mau, e o projecto tinha o apoio do director Dr. Luís Manuel de Freitas da Silva Marques.

3. Embora se fale muito de “rádio”, a quase generalidade destes núcleos (quinas ou castelos) limitavam-se à difusão sonora através de uma rede de altifalantes, portanto, sem o recurso a um emissor de ondas rádio eléctricas. Na região de Lisboa, apenas o «Rádio Universidade» com estúdio no Centro Universitário de Lisboa, transmitia o seu programa diário de uma hora, através da Emissora Nacional. Recordo-me também de ter ouvido falar, que o Centro Escolar n.º 22, Liceu Camões, tinha um núcleo que transmitia através do Rádio Universidade - Emissora Nacional, num formato de 15 a 30 minutos, em apenas algum ou alguns dias da semana. E cheguei a visitar um pequeno mas interessante estúdio existente no Centro Escolar n.º 31, Escola Técnica Elementar Francisco Arruda.

4. Quanto aos registos sonoros, tanto podiam ser de natureza informativa, portanto, noticiosos, como de índole cultural. Na parte noticiosa, não faltava informação referentes às competições desportivas promovidas pela Delegação Distrital de Lisboa (campeonatos distritais) em modalidades tão diferentes como o andebol, o atletismo, o basquetebol, a canoagem, a esgrima, o futebol, o hipismo, a natação, o remo, a vela e o Voleibol. E na parte cultural a diversidade ainda era maior, apenas limitada pela imaginação de cada um. Mas, de uma coisa começámos a ter consciência? Não conseguia-mos, com a nossa pequena equipa e instalações, produzir tudo aquilo que desejávamos, com a qualidade, diversidade e frequência desejada.

5. Foi aí que o “sonho” se cruzou com a “realidade”. Por que não reunir esforços em torno de um organismo, porventura designado de «Rede dos Emissores Escolares de Lisboa»? Assim uma espécie de Eurovisão relativas às estações nacionais. O «centro de operações» até podia ficar na Delegação Distrital/Casa da Mocidade, aonde havia instalações disponíveis. Dali partiriam linhas telefónicas para os centros/escolas aderentes ao projecto e, decerto seria possível produzir mais e melhor com a ajuda de alguns equipamentos com uma performance superior, e o contributo de um universo bastante mais vasto de filiados/alunos interessados e de professores/instrutores a acreditarem na capacidade dos seus rapazes.

6. Pelas facilidades obtidas noutras ocasiões era de crer, que a Emissora Nacional colaborasse no funcionamento de um «centro de instrução especial de rádio», sem encargos significativos para a Mocidade. Claro que os detalhes teriam de ser combinados. Mas, melhor ainda, talvez, fosse começar pela ajuda do «Rádio Universidade», também muito interessada em optimizar a utilização do seu estúdio. E aí até nos sentiríamos mais em “casa”. Afinal, aquilo que parecia ser o mais difícil, até talvez acabasse sendo o mais fácil. Bem. Numa fase inicial a distribuição dos “programas” seria feita em microcassetes, devido ao baixo custo deste tipo de gravadores e, ulteriormente, em «directo» pelas tais linhas telefónicas.

7. Nesta altura, sugerimos aos estimados leitores que leiam os textos abaixo mencionados, que os ajudarão a compreender melhor todo o conjunto proposto. O valor do «projecto» sempre residiu no seu conjunto:

Índice de Projectos Para Actividades Informativas:

8.

9.

10.



(continua)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Estatísticas Demográficas.
Centros-Extra-Escolares. 1930, 1940 e 1950.



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Nota: Para ampliar, clique sobre a imagem com a tecla esquerda do «mouse», mas, como provavelmente ainda não deve ser suficiente, clique novamente com a luneta (+). Para voltar à página principal e prosseguir a navegação, clique sobre a seta <- no canto superior esquerdo da janela. 




 Quadro 4 - Página XXXII


Quadro 4 - Página XXXII








Mocidade Portuguesa. Centros Escolares.
Estatísticas da Educação. 1950/51. Ensino Técnico.
Escolas, Alunos e Professores.

Mocidade Portuguesa. Centros Escolares.
Estatísticas da Educação. 1950/51. Ensino Preparatório.
Escolas, Alunos e Professores.

Mocidade Portuguesa. Centros Escolares.
Estatísticas da Educação. 1950/51. Ensino Liceal.
Escolas, Alunos e Professores.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Mocidade Portuguesa. Centros Escolares Primários.
Actividades Gerais. Escalão de Lusitos.



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


1. -  Os «centros escolares primários» eram aqueles a quem a Mocidade devia ter dedicado a maior atenção, percebendo, de uma vez por todas, que os professores, jamais poderiam desempenhar as funções dos graduados e dos «chefes-de-quina». E que o sucesso da instrução neste escalão ia-se reflectir nos restantes. Até porque, a maior parte dos professores, eram professoras, com naturais dificuldades em se adaptarem ao tipo de instrução definida para os Lusitos, sendo, por isso, completamente inúteis as muitas afirmações de que os professores primários eram os dirigentes natos, etc., etc. Que eles pudessem ser os dirigentes responsáveis, ou equiparados, até aí tudo bem. Agora, quanto à instrução, eles precisavam de ser apoiados, como os demais dirigentes em todos os outros Centros.

2. -  Numa primeira fase, seriam os «centros-extra-escolares», numa boa parte dos casos, até com as sua sedes nessas escolas, continuadores da sua acção pedagógica e educativa. Embora, também apoiados, noutros casos, por destacamentos dos «centros-escolares da proximidade, pelas «formações-de-comando» da Ala (região ou concelho), e dos corpos de «chefes-de-quina» de outros «corpos-orgânicos, aliás, a Mocidade necessitava da existência de muitos «corpos-orgânicos», tantos, quantos os necessários para enquadrar e dinamizar um efectivo perto de um milhão de filiados.

3. -  Infelizmente, a pouca dinâmica de quem dirigia e o conservadorismo de estruturas pouco viradas para a acção, fizeram com que a Organização se amarrasse a um esquema único, que, apesar de algumas virtudes, não conseguiu evitar o excesso de defeitos, fazendo com que as «Directivas» anuais, difundidas pelo Comissariado, raramente surpreendessem com algo de novo e vigoroso. Isto, para não esquecer que elas nem sequer chegavam à mãos de todos os interessados. Bem, e assim foi a Mocidade "mirrando" para mal de todos e benefício de ninguém.

4. -  É claro que não se pode deixar de reconhecer, o imenso contingente que os alunos do ensino primário constituíam, face aos demais ramos de ensino, e dos grandes desafios que isso constituía, mas tratava-se de uma questão, cujas origens, se situavam quase um século antes. Era o atraso do nosso sistema de ensino. E a Mocidade e Estado Novo, foram apenas os herdeiros. O que importa neste momento é avaliar se havia ou não condições para ultrapassar a questão. A aposta continua a ser o «sim». Que que era possível embora com grandes esforços, e algum tempo para evoluir do «quase-impossível», para o «semi-possível» e, finalmente, para o «possível», num prazo que nunca seria inferior a dez anos, a partir de 1940. Ponto de partida para a nossa referência de trabalho.

5. -  É meu convencimento que que o acolhimento por parte do professorado seria bastante bom. No fundo, todos desejavam que, pelo menos um dia por semana, a actividade escolar fosse diferente. Mas o sucesso dependia em grande parte de uma instrução de qualidade, da boa ordem em que tudo decorresse e da regularidade. Era fundamental saber-se que, no sábado respectivo, a instrução iria mesmo decorrer.

6. -  Um dia, ou melhor, durante uns três sábados compareci numa escola primária de Lisboa, para avaliar as possibilidades de se estabelecer uma actividade de forma regular. Já era graduado «comandante-de-falange» e comandava à época a Ala de Lisboa. Os miúdos estavam super-entusiasmados e as professoras, eram todas professoras, acolheram-me com grande interesse e simpatia.Mas eles apenas dispunham de um pequeno pátio nas traseiras aonde só seria possível manter, aquela centena de miúdos em permanente formação e isso era inaceitável. Seria uma maldade que eles não mereciam. Entretanto fui incorporado no Exército e a experiência teve de parar aí. Mas não a esqueci e prometi a mim mesmo que um dia voltaria àquela escola.

7. -  E aqui estou eu, tantos anos depois, em defesa daquilo que observei, e que só não pôde ter a esperada continuação, porque, pouco tempo depois de ter regressado do Ultramar a Mocidade acabou. Hoje, aquela escola também já deve ter outras instalações, mais amplas. Entretanto as escolas passaram a ter um tipo de actividades circum-escolares, no caso dos rapazes, pouco virado para o seu robustecimento. Aqui há um mês atrás (Julho de 2013), o Parlamento aprovou uma resolução para que o Governo legislasse no sentido de que se retomasse e reorganizasse o «desporto-escolar». Os rapazes tiveram de esperar quarenta anos, pelo tempo dos seus netos. Mas... mais vale tarde do que nunca.

8. -  Mas, voltando aos «velhos tempos». Para além do pessoal para enquadrar os miúdos: «chefes-de-quina», «comandantes-de-castelo» e, eventualmente, um «comandante-de-grupo-de-castelos» e um «cadete-auxiliar-de-instrução». Também seria necessário algum material desportivo, mas não tenho qualquer dúvida de que essa seria a parte mais fácil. A Câmara Municipal, a Junta de Freguesia e os pais não nos deixariam desamparados. O mais importante seria o nosso «querer», pois, quando ele existe, transforma-se em «querer é poder».

9. -  Publicadas pela Mocidade, existem em diversas bibliotecas, umas «Directivas para a instrução dos Lusitos». Está bem nos «jogos-educativos», está bem nos passeios e em outros aspectos. Mas, não está nada bem, nem nas «formações e evoluções», nem na abordagem de assuntos que resvalam um pouco para a política. Os miúdos daquela escolas não existiam para serem instrumento da política. Que se deixasse isso para a gente adulta.

10. -  As actividades de «Outono-Inverno» teriam nas escolas o local adequado. Na rua com bom-tempo e, na sala de aula, em dias de chuva. Agora o que a todos devia preocupar era sobre o que se iria fazer na «Primavera-Verão». Para o caso do «ensino-primário», a região (ala), devia, desde muito cedo preocupar-se com este assunto e, procurar integrar o seu efectivo numa actividades mais ampla, especificamente para eles organizada. Iniciativas de cada escola também eram possíveis, mas, em termos organizativos, eram mais viáveis as actividades que envolvessem maiores efectivos.

11. -  Logo em Outubro, se a escola nunca tivesse participado em nenhuma actividade deste género, deveriam os respectivos órgãos da região (ala) ou do distrito (divisão) serem contactados, ou tomarem a iniciativa de contactar, para acompanhamento do processo organizativo que se iria prolongar por, mais ou menos, seis meses. Entre Outubro e Dezembro era o tempo de reflectir a avaliar como decorreu a actividade anterior. Rever e actualizar o «manual-geral-de-instruções» e recompletar o «corpo-de-formações-de-comando», face a inevitáveis mudanças de interesse.

12. -  A partir de Janeiro e até Março, era o tempo de visitar os centros com desejo em participar, e ainda os outros que até então não se tivessem manifestado. Juntamente com a exposição itinerante. Em Abril começavam os concursos para as construções de campo e de rio, mais dos cartazes a utilizar, e de textos e fotos, a publicar no «jornal-de-árvores» ou de «parede». Também as secções de «difusão sonora» começavam a divulgar os temas a concurso: história regional, etnografia, monumentos, etc. Enfim todos os lugares deviam fervilhar de actividade, e ainda ela, a principal, propriamente não havia começado.

13. -  Mas, para conhecer melhor o que seria organizado e como, especialmente o «como», o melhor, é ler as colocações sobre os «campos-de-férias». Talvez para as exigências de alguns ainda não seja suficiente, mas será um bom começo. O resto está espalhado por inúmeras colocações, a propósito de tudo e mais alguma coisas. Não faltam oportunidades para expôr as nossas ideias, Só que havia de as ler e aproveitar.

14. -  A regulamentação da Mocidade não permitia que os Lusitos participassem em actividades, conjuntamente com Infantes, Vanguardistas e Cadetes, com excepção dos graduados que os enquadravam e, quando falamos em graduados, falamos também em «chefes-de-quina». Sobre os motivos, talvez as possamos imaginar, muito embora, que, rodeando o assunto das cautelas, talvez fosse possível extender essas actividades aos Infantes.

15. -  Nas alas (regiões) ou nas divisões (distritos), as «formações-de-comando» estavam divididas consoante as actividades e os escalões dos participantes. Seria fácil encontrar quem se ocupasse dos Lusitos e Infantes, ou de Vanguardistas e Cadetes. Também poderiam existir uma só para Vanguardistas e outra só para Cadetes.

16. -  Como também já foi escrito noutras colocações, o ideal seria trazer as crianças das serras e outras terras do interior, para as praias do litoral, e proceder de forma inversa, com os rapazes do litoral. Penso que esta intenção teria o bom acolhimento de todas as entidades, Não excluindo, no entanto, que algumas das actividades, especialmente as de Primavera pudessem ter lugar na região. Competia às «divisões» distritais apoiar as «alas», regiões, nos recursos de material e em pessoal organizador e coordenador.

17. -  A regra de ouro, era a preparação de tudo com grande antecedência. A nossa proposta padrão era para um ano. Assim, todas as pequenas dificuldades iam sendo resolvidas a pouco e pouco, sem acumular problemas para o dia da partida, susceptíveis de causar alguma perturbação, quer entre os miúdos, quer entre estes e os organizadores.

18. - 

19. - 


(continuar)



Mocidade Portuguesa. Centros Escolares.
Estatísticas da Educação. 1950/51. Ensino Primário.
Escolas, Alunos e Professores.



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Nota: Para ampliar, clique sobre a imagem com a tecla esquerda do «mouse», mas, como provavelmente ainda não deve ser suficiente, clique novamente com a luneta (+). Para voltar à página principal e prosseguir a navegação, clique sobre a seta <- no canto superior esquerdo da janela.


Quadro 18 - Estabelecimentos, alunos e pessoal docento:



 Quadro 18 - Página 56.


Quadro 18 - Página 57.