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MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


terça-feira, 30 de julho de 2013

Mocidade Portuguesa. Captação de Recursos.
A Importante Função de Subdelegado Regional.





PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Índice da Captação de Recursos:

1. Captação de Recursos. Sustentabilidade.
2. Captação de Recursos. A Importante Função de Subdelegado Regional
3. Captação de Recursos. Subsídios do Estado.
4. Captação de Recursos. Subsídios de Corpos Administrativos.
5. Captação de Recursos. Subsídios de Particulares.
6. Captação de Recursos. Patrocinadores de Actividades.
7. Captação de Recursos. Apoios Diversos.


1.Na orgânica da Mocidade a região ou ala era uma circunscrição que podia incluir centros-escolares-primários, centros-escolares e centros-extra-escolares de duas ou mais freguesias de um mesmo concelho, ou de concelhos contíguos, assumindo o nome do concelho a que se reportassem um maior número de Centros.

2. À medida que a Organização se foi expandindo, as províncias/distritos passaram a ter Centros em quase todos os concelhos do Continente e Ilhas Adjacente, atingindo um impressionante número e Unidades e de filiados, cuja existência e funcionamento, em muito se ficou a dever à dedicação, espírito bem servir e dinamismo dos subdelegados regionais.

3. O subdelegado regional, apesar de deter a graduação de subinspector, em regra do quadro-geral, era bem mais do que uma mera figura institucional, porque, sendo ele que trabalhava mais próximo das populações rurais, grande número de tarefas recaíam sob a sua responsabilidade. Nas regiões aonde se situavam as principais cidades, estas coincidiam com as sedes das divisões, essa tarefa competia ao delegado provincial/distrital (inspector) ou ao seu adjunto (subinspector).

4. Assim, era o subdelegado regional que coordenava a atribuição de pessoal destacado, para enquadrar as formações dos centros sob a sua responsabilidade, articulando-se com os serviços da delegação distrital e, estes, com os Centros iriam ceder o pessoal em regime de destacamento. Os recursos que um qualquer Centro carecia eram de natureza material e financeira, mas não, necessariamente, em exclusivo. O pessoal instrutor era também das primeiras necessidades.

5. Era o subdelegado distrital que comparecia junto dos professores/professoras primárias para lhe dar o ânimo necessário e os recursos para activarem os seus centros escolares primários. Com frequência um ou dois graduados-comandantes-de-castelo, mais cinco ou dez chefes de quina, noutras um comandante-de-grupo-de-castelos e as respectivas formações de comando, e de uma maneira geral 1 ou 2 Cadetes-Auxiliares-de-Instrução. Porque os dirigentes-adultos que havia não chegavam para todos os Centros.

6. Entre Janeiro e Março, com a instrução de Outono-Inverno já a decorrer, começariam a chegar ao Centro as equipas de divulgação das actividades de Primavera-Verão. Cada Centro tanto podia realizar as suas, como aderir a outros eventos de maior amplitude.

7. Se o Centro optasse por uma iniciativa própria por ter uma formação equivalente a um grupo-de-castelos ou superior, então, a equipa organizadora já estaria, entre Outubro e Dezembro, a apresentar o seu relatório do último Verão e a estudar as melhoria a introduzir para o próximo ano, no Manual de Instruções, se possível, em conjunto com os novos “reforços” em pessoal que iriam receber para a Primavera-Verão.

8. No caso dos centros escolares primários, os encargos seriam um pouco superiores, pois havia que contratar uma equipa para a cozinha. Os Lusitos eram o único escalão dispensado de confeccionar a própria comida, por serem ainda muito novos.

9. Tal como com os restantes Centros, a partir de Janeiro e até Março, já o subdelegado regional e o seu adjunto se andavam a desdobrar em contactos junto das famílias para saber quais os lusitos que tinham condições por si só, ou quais os que iriam necessitar de apoio material. Era também a oportunidade do subdelegado saber quais as famílias teriam possibilidade de dispensar um contributo um pouco maior, para apoiar os menos favorecidos.

10. A ideia era levar para as serras, rios e albufeiras do interior, os rapazes do litoral. E trazer do interior, aqueles para quem uma temporada na praia seria salutar. Tentar-se-ia alojar os lusitos em regime de «acantonamento» em estabelecimentos de ensino, completa ou parcialmente preparados para os receber. Claro que haveria escolas completamente preparadas para fornecerem serviços de cama, mesa e roupa lavada. Outras necessitariam de algum equipamento a solicitar ao exército pelas entidades provinciais/distritais. Mas, com tempo tudo se arranjava. Daí o nosso «plano de organização anual».

11. No caso das actividades de praia, tal como nas de campo, o enquadramento e actividades seria assegurado pelas equipas de organização e o subdelegado teria a obrigação de visitar todos os locais aonde estivessem rapazes da sua Região, para se inteirar do bom funcionamento e do elevado nível moral e de satisfação de todos os rapazes. Tendo todos os locais de «acampamento» e de «acantonamento» linhas telefónicas, os seus contactos tal como o dos pais, poderiam tornar-se mais frequentes.

12. Na verdade, e tal como já foi escrito em diversas colocações, só com a ajuda da sociedade civil, é que a Mocidade poderia realizar com sucesso tão ambicioso programa de actividades Primavera-Verão. Aqui, os subdelegados regionais, graças aos seus bons contactos com a câmara ou câmaras municipais, juntas de freguesias e outros organismos locais, é que poderiam ir tomando conhecimento sobre os agricultores mais abastados. Aqueles que poderiam oferecer um saco de batatas ou cebolas, ou de frutos, mais ainda, legumes e outas espécies da sua pecuária. Não podia se esperar tudo das mesmas pessoas, mas, “grão a grão enche a galinha o papo…”.

13. Para as deslocações, desde que pedidos com a necessária antecedência, não seria difícil aceitar a oferta de um industrial de transportes local para levar de autocarro, os miúdos, para o seu local de férias. Uns estariam disponíveis só para a ida, enquanto outros, talvez para a ida e a volta. O caminho-de-ferro também oferecia condições especiais de transporte para a Mocidade.

14. Num caso típico, um agricultor ofereceu um porco ou um cabrito. Haverá que procurar quem abata esses animais. Talvez a camara e o matador municipal do local de origem se disponibilizem a ajudar. Noutros casos serão os do destino. Mas é preciso não esquecer a necessidade de uma arca frigorífica para manter as carnes em boas condições de conservação. É claro que estas coisas tratadas à última hora tornam-se complicadas, mas, planeado com antecedência, tudo se torna mais fácil.

15. Uma tarefa indispensável, é manifestar o nosso reconhecimento. E a confiança sairá reforçada. Isso pode ser feito, por exemplo, convidando as professoras a visitar os seus alunos nos locais aonde estão de férias e assegurar o transporte e o alojamento. O jantar pode ser na colónia/acampamento e até assistir, depois, à «Chama da Mocidade».

16. O mesmo, não podemos deixar de fazer com os tais agricultores abastados, com o presidente da Câmara e com o presidente da Junta de Freguesia. Alguns pais também poderão manifestar vontade de visitar os seus filhos. O subdelegado deve mostrar-se atento a tudo isto.

17. É de acreditar que, tal como os demais, a câmara municipal e a junta de freguesia, já tivessem começado a considerar nos seus orçamentos anuais uma verba para estes subsídios. Mas tudo continua a depender da forma como o subdelegado se articular com estas entidades.

18. O subdelegado, quando visitar os seus centros numa freguesia, não pôde deixar de ir cumprimentar o prior, que, ao mesmo tempo, deve ser o capelão dos centros, e em conjunto, procurarem incentivar os rapazes a assistir à missa dominical, o mesmo sucedendo, quanto a cumprimentos, com o presidente da Junta de Freguesia, e o presidente da colectividade local, pois, em muitas circunstâncias, precisará da cedência de algum espaço desportivo em horas conciliáveis.

19. O chefe escutista também não deve ser esquecido. Somos irmãos de uma mesma caminhada. Se, por exemplo, eles tiverem alguma falta de material, que pudéssemos ajudar a superar, deviam contar connosco, e da mesma maneira por lá houvesse uns candeeiros que nos faltavam, também ficaríamos agradecidos. Sempre amigos. Era igualmente importante convidar os escuteiros a participarem nas nossas actividades de Primavera-Verão. Nada de viver de costas voltadas.

20. Muitos dos que se disponham a ler estas linhas, vão ter sérias dúvidas quanto à possibilidade de se ter conseguido um voluntariado de tantos Vanguardistas e Cadetes. Nada mais fácil se tivesse sido o próprio subdelegado a exortar os rapazes, juntando a sua voz à dos demais, para lhes fazer ver a importância das suas missões, tanto em actividades próprias dos seu escalão, como nas indispensáveis funções de apoio aos Lusitos e Infantes, e até Vanguardistas, para o caso dos Cadetes.

21.

22.

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(continua)




segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mocidade Portuguesa. Captação de Recursos. Sustentabilidade.



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Índice da Captação de Recursos:

1. Captação de Recursos. Sustentabilidade.
2. Captação de Recursos. Subsídios do Estado.
3. Captação de Recursos. Subsídios de Corpos Administrativos.
4. Captação de Recursos. Subsídios de Particulares.
5. Captação de Recursos. Patrocinadores de Actividades.
6. Captação de Recursos. Apoios Diversos.



1. – Ao longo dos anos, a Organização, viveu: do contributo anual dos seus filiados; de uma percentagem da exploração das cantinas escolares (refeitório, bufete e papelaria); de doações dos «amigos do centros» e de uns subsídios concedidos por parte do Estado e dos Corpos Autónomos (governos civis, juntas distritais, câmaras municipais e até juntas de freguesia). Também se registaram muitas ofertas de particulares.

2. – Mas, apesar da boa vontade de muitos, aos quais a Mocidade desde logo se mostrou agradecida (ver a inúmeras referências em ordens de serviço da Organização), estes dinheiros e outras ofertas sempre estiveram muito longe De satisfazer as suas necessidades básicas.

3. – A verba mais significativa era o subsídio do Estado, saído, em geral, a verba era inscrita no orçamento do Estado para despesas dos gabinetes dos ministros da Educação e do Ultramar, consoante a natureza das despesas. E assim aconteceu devido não só a uma certa confidencialidade no uso de tais recursos, como, principalmente, pelo facto da Organização não se enquadrar nos procedimentos legislativos relativos à inscrição de receitas e despesas, adoptadas pelo Estado.

4. – As despesas da Mocidade resumiam-se à manutenção de um pequeno corpo de funcionários administrativos, existentes no Comissariado Nacional, em Lisboa, e a muito pequenas secretarias e depósitos de material, nas Delegações Distritais, além, claro, das gratificações atribuídas aos dirigentes-adultos, sem qualquer vínculo profissional ao ministério da Educação, para ajuda de pequenas despesas resultantes do exercício das suas funções como instrutores/assistentes dos vários tipos de Centros.

5. – Para as actividades, os subsídios eram atribuídos caso a caso e, raramente, permitiam apoiar mais do que aquelas que contemplavam a formação de quadros, como era o caso das escolas de graduados e dos acampamentos distritais de quadros, aonde, apesar da sua insignificância o ministro comparecia como visitante, para cer e avaliar.

6. – É possível encontrar nas «contas gerais do Estado», referentes aos vários anos em que a Organização existiu, o valor inscrito sob a designação de «Mocidade Portuguesa» na conta referente ao Gabinete do Ministro da Educação. E o blogue «Tronco-em-Flor», irá proceder a essa divulgação, quer em termos absolutos, quer em sentido relativo ao seu valor actual.

7. – Os anos de maiores verbas atribuídas, foram aqueles em que se realizaram acampamentos nacionais ou equiparados (1.º acampamento -1936, 2.º acampamento -1939, 3.ºacampamento -1944, 4.º acampamento -1956, 5.º acampamento -1958, 6.º acampamento -1963, 7.º acampamento -1966) aonde a verba mais significativa tinha a ver com a alimentação dos dirigentes e dos filiados acampados. No caso das representações ultramarinas, estas vinham com as despesas suportadas pelo ministério do Ultramar.

8. – Contudo, seja qual for o ângulo, pelo qual este assunto seja apreciado, a conclusão é sempre a mesma. A Organização nunca passou de uma instituição indigente. Estendendo a mão aqui e ali, para poder ir cumprindo a sua missão, face a quase um milhão de filiados, uns voluntários, mas, a maioria, obrigados por força de lei.

9. – É claro que alguns maus hábitos nasceram com o próprio aparecimento e afirmação da Mocidade na segunda metade dos anos trinta. Foi um tempo de acampamentos/alojamento para os participantes em grandes desfiles e paradas. Gastou-se dinheiro com fardamentos e alimentação tipo rancho-geral. E alguns , por engano, pensaram que isso podia continuar a ser assim. Puro equívoco.

10. – Embora nos anos quarenta, cinquenta e sessenta, outros grandes acampamentos se tenham realizado. A Organização continuou a viver acima das suas posses e, ao gastais tais verbas que só beneficiavam um milhar ou dois de rapazes, deixava na penúria a realização de outras, as muito necessárias actividades de Verão, por esse país fora.

11. – Não nos vamos alongar muito mais, aqui, na análise dos tais grandes acampamentos e das suas motivações, porque isso será feito noutra ou noutras colocações mais específicas.

12. – No princípio dos anos quarenta, o Professor Marcello Caetano, comissário nacional e, a partir dessa época, considerado o principal doutrinador da Mocidade, depressa se apercebeu que muita coisa precisava de mudar, a começar pelo «rancho-geral», isto é, que cada dirigente e filiado deveria custear a sua alimentação e contribuir para a sua confecção. Era ainda um primeiro passo, mas um passo importante.

13. – Não era no Estado, mas sim na sociedade civil, que a Mocidade devia procurar os apoios necessários para as actividades de Primavera-Verão dos seus rapazes, que não eram um ou dois milhares, como já foi dito, mas sim bem mais do que dezenas de milhares. Os números apontavam para centenas de milhares.

14. – Vistas as coisas a esta dimensão, muito se teria de esperar do voluntariado de uns, os Vanguardistas e Cadetes em apoio aos Lusitos e Infantes. E de uma dedicação sem limites dos principais dirigentes de cada região, ou talvez – de todos –, para a tal mobilização da sociedade civil.

15. – Alguma coisa terá sido feita, e não podemos deixar de louvar os intervenientes. Mas, ficou-se muito aquém do que seria necessário. Noutras colocações falaremos deste tipo de actuação, em especial, da que se esperava dos delegados distritais (divisões) e dos subdelegados regionais (alas ou regiões). Estes últimos por estarem mais em contacto com as populações, eram, sem dúvida, a pedra-angular da Organização.

16. –

17. –

18. –



(continuação)



sexta-feira, 26 de julho de 2013

Mocidade Portuguesa. Actividades Gerais.
Construções de Campo.



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


Índice:
1. Construções de madeira
2. Construções de corda
3. Construções mistas


1. – CONSTRUÇÕES DE MADEIRA:

1.1 – Como facilmente se compreende, não era possível nas matas nacionais ou particulares do Continente e Ilhas, aonde a Mocidade fosse autorizada a acampar, abater quaisquer tipos de árvores ou serrar os seus ramos, para obter madeira a usar em construções de campo, tal como faziam noutros tempos e lugares os povos nativos e os pioneiros de diversas colonizações.

1.2 – Face a isso, deveria ser definido, por um serviço específico da Organização, que nunca existiu, um conjunto de perfis e dimensões, existentes em depósito, para servirem de referência à elaboração de projectos a apresentar pelos filiados participantes em concursos desta natureza, cuja realização ocuparia os períodos da Primavera e Verão.

1.3 – Pelo seu interesse, as construções de madeira e outros materiais, deviam fazer parte do maior número possível de actividades de campo, embora não sendo obrigatórias em acampamentos de duração inferior a uma semana.

1.4 – A Mocidade devia ter procurado estudar e desenvolver todo um conjunto de técnicas de construção, principalmente de tipo modular, que permitissem a fácil adaptação dos materiais disponíveis, excepcionalmente retalhados, ao mesmo tempo que proporcionava um interessante complemento para as actividades gerais da maioria dos rapazes de quase todos os escalões. A natureza e limite estava apenas na imaginação de cada um.

1.5 – Esta actividade podia integrar a montagem de vários tipos de pontes, especialmente as apoiadas, inclusive sobre conjuntos flutuantes, com bidons de 50, 100 e 200 litros, de que se incluem alguns esboços, elaborados a partir de uma adaptação para madeira do modelo das pontes de tipo «Bailey», muito comuns em versões desmontáveis, desde a II Guerra Mundial (1939-1945).


Painel modular de uma ponte «Bailey» (original metálico)


(imagem a incluir)
Esboço da adaptação em madeira de um painel modular,


Conjunto exemplificativo da montagem de uma ponte «Bailey» (original metálico)


(imagem a incluir)
Esboço exemplificativo de uma adaptação em madeira.


Secção de uma ponte «Bailey»


(imagem a incluir)
Esboço exemplificativo de uma adaptação em madeira.


1.6 – O mesmo sucedendo com «torres de observação», para uso em transmissões ópticas (alfabeto homográfico e morse) e actividades de reconhecimento topográfico, e ainda, em plataformas de apoio a actividades náuticas (natação, canoagem e remo) em albufeiras e outros cursos de água. Também se incluem alguns esboços.

1.7 – Também se poderiam concursos para cartazes anuais anunciadores, reutilizáveis, apenas com a alteração do nome do evento, data e local. E, se possível produzidos numa pequena colecção de várias cores. Depois, cada Centro adquiria os cartazes para seu uso, através do Serviço de Publicações da Mocidade, ou nas delegações distritais e subdelegações regionais. A poupança era a regra. Quanto aos prémios para os concorrentes, seria o habitual na Organização: «diplomas», «livros» e «placas», enfim, tudo essencialmente simbólico.

1.8 – Um dos muitos problemas da Organização foi a falta de recursos para divulgação das actividades, algo que as Unidades (Centros, Alas e Divisões) tinham muita dificuldade em conseguir. O pouco que se fez regularmente teve a ver com os «Salões de Educação Estética» e com os jogos florais «Chama de Maio».

1.9 –Tal como noutras actividades aqui propostas, o programa de organização ocuparia «dirigentes», «cadetes monitores e auxiliares de instrução», bem como, os «graduados comandantes» das actividades e as respectivas «formações de comando», durante praticamente todo o ano.

1.10 – A ideia, como decerto já deu para entender, é que todas as actividades, para além dos regulamentos específicos, incluíssem sempre um «manual de instruções» bastante detalhado, aonde ficaria compilada toda a informação referente ao percurso organizativo, bem como, o máximo de instruções relacionadas com os meios e as tecnologias próprias do conjunto de actividade.

1.11 – O Outono seria reservado para a apresentação dos relatórios conclusivos das actividades de Verão e edição de uma nova versão, actualizada, do «Manual de Instruções». Sendo também o período em que as equipas de coordenação, passavam as suas responsabilidades às equipas do ano seguinte, num trabalho conjunto de avaliação retrospectiva e prospectiva

1.12 –No período entre Janeiro e Março (Inverno) seriam visitados os Centros das várias Alas (regiões) da Divisão (província ou distrito) para informações, distribuição de folhetos e apresentação da exposição itinerante, para um despertar de interesses e recolha das primeiras inscrições. Neste período teria lugar, também, o concurso de cartazes.

1.13 –


1.14 –



2. – CONSTRUÇÕES DE CORDA: Locais

2.1 –


3. – CONSTRUÇÕES MISTAS:

3.1 –


(continua)



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Mocidade Portuguesa. Enquadramento dos Filiados.
Vanguardistas e Cadetes.



PÁGINA EM CONSTRUÇÃO



1. – Filiados dos escalões de VANGUARDISTAS E CADETES, eram-no, os primeiros, desde o dia 1º de Dezembro (Dia da Mocidade) do ano em que completassem os 14 anos, até ao mesmo dia do ano em que fizessem 18 anos, e os segundos, também desde este dia, até àquele, do ano em que completassem 21 anos, isto, para os filiados não universitários, e os 26 anos, para os que o fossem.

2. – Para ambos estavam reservados dois percursos possíveis, e desejáveis, dentro da estrutura da Mocidade. Um deles correspondia às actividades próprias do seu escalão, e o outro ao importante papel que lhes estava reservado no enquadramento dos escalões de LUSITOS e INFANTES.

3. – Como actividades próprias do escalão de VANGUARDISTAS pode-mos referir a participação nas «bandeiras de voluntários», cuja actividade, se pode entender associada às formações de campo, designadamente as «quinas-rumo-ao-campo» ou «rumo-ao-mar» e o «ciclo-campismo». Bem como, a frequência dos Centros de Instrução Especial de Remo, Vela, Canoagem, Natação, Esgrima, Tiro, Hipismo e Ginástica.

4. – A outra via, era de uma importância extraordinária para a Organização, pois dela dependia a afirmação plena de uma Mocidade DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes. Tratava-se de frequentar nas escolas de graduados os cursos de «comandantes-de-castelo» e de «comandantes-de-bandeira», embora este último curso estivesse mais vocacionado para o escalão de CADETES. A promoção a «comandante-de-grupo-de-castelos» era feita por mérito, e reportava-se às datas de 28 de Maio e 1.º de Dezembro.


 Formação «Castelo»


Formação «Grupo-de-Castelos»


5. – E ainda, a graduação em várias especialidades, a obter pela frequência dos respectivos cursos nos Centros de Instrução de Quadros (CIQ’s), o que lhes permitia depois vir a integrar as «formações-de-comando», assim uma espécie de “corpo-de-estado-maior” das Unidades da M.P. (Centros, Alas e Divisões) e das respectivas «Formações de Filiados» (Castelos, Grupos-de-Castelos, Bandeiras e Falanges).

6. – Quanto aos CADETES, a sua actividade própria, era, a continuação da dos VANGUARDISTAS, e a frequência nos Centros de Instrução de Milícia, dos cursos especiais de preparação militar. Mas, a mais importante, embora disso não se faça referência na legislação inicial da Mocidade, era a sua graduação como «Cadetes Auxiliares-de-Instrução» e «Cadetes Monitores», assim uma espécie de “quase-dirigentes”, obtida em conformidade com doutrina, em boa hora estabelecida pelo Professor Marcello Caetano, comissário nacional, no princípio dos anos quarenta.


Insígnia dos «Cadetes-Monitores» e dos «Cadetes-Auxiliares-de-Instrução». Semelhante àquela que os «Dirigentes-Instrutores/Assistentes» usavam nas passadeiras de ombro, mas, neste caso, pregadas na camisa sobre o bolso esquerdo.


7. A frequência do curso de «comandantes-de-bandeira», na Escola Nacional de Graduados (ENG), também encontrava melhores candidatos no escalão de CADETES. Para eles estavam reservados a maior parte dos comandos das Unidades de M.P. (Centros, Alas e Divisões), isto, claro, independentemente da Formação (Bandeira).


Formação «Bandeira»


8. Os «comandantes-de-falange» também saíam do escalão de CADETES e eram, tal como os «comandantes-de-grupo-de-castelos», promovidos por mérito, mas constituíam uma quase raridade e a imposição das insígnias era feita no Dia 1.º de Dezembro, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, pelo ministro da Educação, pelo subsecretário de estado da Educação ou Juventude e Desportos, e pelo comissário nacional da M. P.


Formação «Falange»


9. Os «Cadetes Auxiliares de Instrução» poderiam ter sido o melhor recurso para superar a gravíssima e permanente falta de dirigentes-adultos. Infelizmente, foi muito pouco aproveitado por razões difíceis de explicar, mas que se admite estar relacionada com a ignorância de uns e uma certa incompetência de outros na conciliação das relações funcionais entre o corpo de graduados, o corpo de auxiliares-de-instrução e de monitores, e as formações-de-comando.

10. Todo o futuro da Organização ficou comprometido, talvez pela falta de umas tabuletas com a frase: «O MAIS IMPORTANTE NÃO É SABER QUEM MANDA MAIS OU MANDA MENOS, MAS SIM, COMO PODEREMOS COLABORAR UNS COM OS OUTROS…!!!).