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MARCOS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
DESTAQUE


Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Batalha. Leiria.



Painéis de São Vicente de Fora.



Torre de Belém. Lisboa.



Estátua equestre de El-Rei D. João IV. Em frente ao Paço Ducal. Vila Viçosa



A Organização DOS rapazes, PARA os rapazes e PELOS rapazes foi extinta em 1966, quando a reforma do ministro Galvão Telles lhe retirou os rapazes (filiados), entregou os «centros» às escolas, e a transformou, assim, numa espécie de direcção-geral de actividades circum-escolares.

Voltou às origens com a reforma Veiga Simão, pelo Decreto-Lei n.º 486/71 de 8 de Novembro.

Mas os novos "associados" estavam tão preocupados com a sua modernização, que acabaram por a descaracterizar completamente.

Foi definitivamente extinta a 25 de Abril de 1974.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Mocidade Portuguesa. Actividades Editoriais. GUIÃO - Jornal dos Graduados - N.º 2 - 14-08-1949.

Versão 1.0 - Data: 28-06-2011

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Contra-Capa

Jornal GUIÃO: Colecção Particular

sábado, 25 de junho de 2011

Mocidade Portuguesa. Regulamentos e Instruções. Regulamento de Campismo (1942).




PÁGINA EM CONSTRUÇÃO



I - NOTAS EXPLICATIVAS

1 – O Regulamento de Campismo de 1942, apesar de – naturalmente –, ter necessitado de pequenas alterações ao longo dos anos, mais até no sentido de clarificar alguns pequenos detalhes, podemos considerá-lo, sem dúvida, um dos mais importantes normativos que o Comissariado Nacional daquela época produziu, e que, como facilmente se percebe, só seria possível com a orientação esclarecida do comissário nacional Prof. Doutor Marcello Caetano que pretendia ver a gente moça a respirar o ar do campo e do mar.

2 – É um documento extenso, com 104 artigos, dispersos por 8 capítulos, que, ao pretender regular a prática de um vasto conjunto de actividades e definindo ao mesmo tempo o tipo de instalações e o seu uso, constituía aquilo que no próprio art.º 3.º, se referia como sendo as actividades principais – e isto é muito importante –, para os períodos da Primavera e do Verão.

3 – A chamada instrução-básica, mais teórica e menos prática, ministrada nas sedes dos centros, era matéria para o Outono e Inverno, a qual, sem este complemento fundamental para os períodos de bom tempo, perdia quase completamente o seu interesse para os rapazes e, consequentemente, a sua principal razão de ser.

4 – Claro que, tão ambicioso projecto de Marcello Caetano, iria exigir a mobilização de vastos recursos humanos, materiais e financeiros, especialmente se tivermos em conta o imenso contingente de filiados abrangidos pela obrigatoriedade legal. Mas as coisas eram como eram. Se a obrigatoriedade existia, então havia que lhe dar cumprimento, sem subterfúgios nem omissões.

5 – Só os espíritos acomodados, se poderiam sentir desencorajados, e esse não era o sentir de uma grande parte dos dirigentes e graduados, dispostos a responder ao desafio e a partir para a luta, e Marcello Caetano sabia disso. Primeiro havia que mostrar trabalho que se visse, tal como era próprio daqueles que viviam o espírito da Mocidade, e só depois pedir ajuda para o que, de todo em todo, não fora possível conseguir por iniciativa própria.

6 – Marchas, acantonamentos, acampamentos, colónias de férias, circuitos campistas, vida de montanha; refúgios, albergues, bases campistas, e o mais que fosse. Era esse o desafio. O regulamento estabelecia as principais normas, mas, é evidente, que muito mais havia a estudar em detalhe, e resolver com imaginação, dinamismo e esforço, quer a nível local, regional, provincial ou mesmo nacional. O ciclo-campismo não aparece ainda nele mencionado. É uma ideia que ganhou só mais tarde algumas simpatias, mas não deixarei de tecer desenvolvidas considerações.

7 – A primeira e mais importante tarefa, estava reservado às pessoas, como sempre acontece em todas as sociedades organizadas. Era necessário resolver o problema do enquadramento da grande massa de filiados. Um problema que por ser comum às actividades do Outono e Inverno e a todos os escalões, desde o lusitos, passando pelos infantes, vanguardistas e cadetes, deveria merecer uma atenção especial.

8 – É difícil, nesta pequena nota introdutória, abordar todas as questões. Vamos apenas enunciar algumas, a abordar noutras páginas do blogue, e incluir os respectivos links:

       a)      Formação de quadros (dirigentes e monitores);
       b)      Formação de Graduados.
       c)      Retensão nas fileiras de vanguardistas e cadetes (não abrangidos pela obrigatoriedade legal);
       d)      Instrução de corpos de especialistas, designadamente das «formações-de-comando»;
       e)      Dos especialistas em reconhecimento, cartas e levantamentos topográficos;
       f)       Do «corpo ligações e transmissões», ou de sinaleiros;
       g)      Dos especialistas em construções de campo, em corda, madeira ou lona, tais como pontes de diversos tipos, torres de observação e transmissões, mastros, toldos e divisórias e ainda casas-abrigos e albergues;
       h)      Dos provisores, cozinheiros e seus auxiliares.
       i)       E dos especialistas em transportes e material ciclista.

Talvez possam parecer assuntos diferentes, mas não, pelo contrário, constituem o cerne da questão.

9 – A minha perspectiva, neste momento, parte um pouco daquilo que existiu ou se realizou na cidade de Lisboa ou zonas circunvizinhas, e ainda, no âmbito da Divisão de Lisboa, ou até, talvez, mais na Ala de Lisboa. Claro que muitas coisas aconteceram um pouco por todo o país, mas, só à medita que a parte de investigação do projecto «Tronco-em-Flor» for prosseguindo é que poderemos enriquecer estes textos.

10 – Desde o final dos anos trinta que Lisboa contava com uma ampla «Casa da Mocidade», construída de raiz e dotada de excelentes instalações gimnodesportivas, incluindo uma piscina aquecida e um tanque de remo. Poderia servir perfeitamente como «Base Campista». Embora não possuindo alojamentos, cozinha ou refeitório, tinha espaços facilmente adaptáveis para um «albergue», especialmente para grupos oriundos de outras regiões do país que pretendessem visitar Lisboa e os seus arredores.

11 – Tirando a parte desportiva, e no que se refere à natação, a Casa da Mocidade de Lisboa (CML) foi muito pouco aproveitada ao logo dos anos. Só em 1966 acolheu os serviços da Delegação Distrital de Lisboa, até então no Palácio da Independência e, depois disso, foi elaborado um projecto de arquitectura com vista ao melhor aproveitamento dos seus espaços interiores.

12 – A CML, situada no Bairro da Lapa, quase no centro da cidade, os espaços exteriores poderiam ainda acolher o acampamento de um grupo-de-castelos de “excursionistas”. Facto que não deve causar constrangimentos a quem quer que seja, pois, o VII Acampamento Nacional (1966), foi montado em Lisboa, na quinta das Conchas, ao Lumiar, paredes meias com os edifícios habitacionais da Alameda das Linhas de Torres.

13 – Muito do que os leitores poderão apreciar, nestas páginas, não pode deixar de revelar que não foi a falta de meios que impediu a Mocidade de se tornar uma Organização, verdadeiramente apreciada, até querida, da esmagadora maioria dos filiados, que apenas dela recordam pouco mais que o “marcar-passo”. No entanto, separar o trigo do joio, é um imperativo de consciência e honestidade por que se pauta este blogue.

14 – Nos arredores de Lisboa, em Oeiras, junto à margem direita do Rio Tejo, ergue-se, o pequeno Forte de Catalazete, próximo da foz do rio, e do majestoso Forte de São Julião da Barra. Não posso neste momento, mencionar desde quando a Mocidade ali se instalou, mas sempre funcionou como Pousada da Juventude, especialmente utilizada no Verão por alguns jovens estrangeiros, mas tinha condições para uma colónia de férias de 30 a 40 jovens, junto ao mar, por estar rodeado de excelentes praias. Foi igualmente muito pouco aproveitado. Quase nada.

15 – Um pouco mais a montante do Tejo, em Caxias, mas também junto à margem direita do Rio, situava-se o Forte de São Bruno, um pouco maior que o de Catalazete, mas com uma lotação mais pequena, salvo se fossem montadas tendas na plataforma superior, junto às ameias viradas para o rio. Tinha camas, cozinha e sanitário e poderia servir de base para a prática de deportos náuticos, devido à excelente praia que o rodeava, ou de ponto de partida para actividades de campo.

16 – Ainda nos arredores de Lisboa, um pouco antes do Forte de São Bruno, na Quinta da Graça, junto ao Estádio Nacional, no Vale do Jamor (Cruz Quebrada), paredes meias com o então INEF (Instituto Nacional de Educação Física), hoje Faculdade de Motricidade Humana. Existiu um curioso edifício com o formato de uma embarcação, aonde esteve instalada a Escola Nacional de Graduados, infelizmente consumido pelo fogo após o 25 de Abril, sem que se tenha provado qualquer relação.

17 – Tinha condições de alojamento para cerca de 120 filiados, mais dirigentes e graduados de serviço, e estava dotado de instalações sanitárias (duches do INEF) e apetrechado com cozinha e refeitório. Tanto poderia servir como «Albergue», «Colónia de Férias» ou «Base Campista». Funcionava apenas no mês de Agosto para o Curso de Verão (de comandantes-de-bandeira e de comandantes-de-castelo), e de Novembro a Abril, aos fins-de-semana (sábados à tarde e domingos de manhã) para o Curso de Inverno (de comandantes-de-castelo), neste caso com um efectivo não superior a 60 filiados. As instalações podiam ter sido muito mais aproveitadas e não foram.

18 – Alguns edifícios escolares de Lisboa serviram para o acantonamento de jovens da Organização Juvenil Espanhola, de visita a Lisboa. Também este exemplo não foi replicado nem divulgado pelo resto do país.

19 – Resta acrescentar que as Forças Armadas sempre estiveram disponíveis para colaborar com a Mocidade. Se a M.P. não teve mais apoio foi porque não solicitou.

20 – Claro que, perante esto quadro, não seria fácil pedir mais e mais subsídios ao Ministério da Educação, que, mesmo assim, raramente se negou.


(continua)



Outras Referências:
Mocidade Portuguesa do Campismo. (Facebook)

PORBASE/Base Nacional de Dados Bibliográficoa
PORBASE - Título


II - REPRODUÇÃO DO REGULAMENTO DE CAMPISMO:

Brochura: Colecção do GUIÃO - Centro de Estudos Portugueses, a quem agradecemos.

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